Diário de Paris: 2.º dia em Montmartre e Galeries Lafayette


Exterior do Moulin Rouge

O plano para o segundo dia estava traçado: conhecer Montmartre. Este é um dos bairros mais antigos e típicos de Paris. É também um dos mais turísticos. Aliás, penso que foi o sítio que achei mais invadido por turistas na cidade. Mas também fomos a um domingo, o que faz toda a diferença. Começámos o dia bem cedo - antes de começar a chover - apanhámos o metro e saímos na estação Blanche. Deparámo-nos imediatamente com o Moulin Rouge. Como já me tinham posto as expetativas para baixo, fiquei impressionada pela positiva com a visão do moinho vermelho. O Moulin Rouge é um dos meus filmes preferidos, até já soube várias músicas de cor, por isso tinha curiosidade de conhecer a fachada do famoso cabaré.

Quem quiser conhecer mais um bocadinho sobre o Moulin Rouge, ou até comprar um souvenir, pode visitar a loja que fica um pouco mais acima, na rua à direita. Nós fomos lá e gostei de folhear os livros com fotografias antigas do cabaré. Não fazia ideia que o Frank Sinatra tinha atuado lá, por exemplo, assim como a Edith Piaf e o Bing Crosby. É um sítio cheio de história, ou não tivesse sido fundado em 1889, durante a Belle Époque.

Depois do Moulin Rouge, e de uma passagem pela loja, seguimos rua acima e deparámo-nos com o Cafe des 2 Moulins, mais conhecido como o café da Amélie. Sim, não faltam referências cinematográficas sobre Paris. Foi  uma das coisas que mais gostei na cidade, o quanto já conhecia dela através de filmes e de fotografias e a antecipação que isso gerou. Ver os cenários ao vivo e caminhar por onde caminharam as nossas personagens preferidas é realmente incrível. Entrei no café só para ver, porque é um bocadinho caro para o que é, e é mesmo giro porque, além de ser o sítio onde as filmagens decorreram, tem fotos do filme por todo o lado.

Continuámos o passeio por Montmartre. Há quem vá diretamente até ao Sacré Coeur, mas eu acho um desperdício total. Vale a pena percorrer este bairro e perdermo-nos nos pormenores. Passámos por um dos dois moinhos que restam na zona, o Moulin de la Galette, retratado numa das pinturas de Renoir. Tirando a chuva que apanhámos - e que nos fez parar várias vezes pelo caminho - é um percurso que se faz muito bem. Passa-se por vários sítios que aguçam o apetite, como lojas de chocolates e imensos sítios em que se fazem crepes (não vão a Paris sem comer um crepe, por favor).

Antes de chegarmos ao Sacré Coeur, passámos por um dos restaurantes mais instagramáveis de Paris, La Maison Rose. É ainda mais giro que nas fotografias. Continuámos até chegar à basílica, que estava cheia de gente. Apesar de a fila estar grande, decidimos entrar. Passou relativamente depressa. Confesso que estava à espera de mais. Talvez por já ter visitado a Notre Dame e a Sainte-Chapelle, não fiquei muito impressionada com o interior. O mais bonito é mesmo a cúpula. Optámos por não subir lá acima, porque achámos que não valia a pena.

Depois de visitarmos o interior do Sacré Coeur, descemos para os jardins que ficam em frente à basílica. Lá de baixo obtém-se a melhor vista para o monumento, que fica ainda melhor na fotografia com o carrossel ao lado.  Mais uma referência cinematográfica? Este é o carrossel em que Amélie anda em pequenina, no início do filme. Continuámos a descer e demos a nossa exploração por Montmartre terminada. Debaixo de chuva, fomos para o metro para ir almoçar a um dos sítios em que mais gostámos de comer em Paris (mas isso, como já disse, fica para um outro post).

Infelizmente, depois do almoço começou a chover imenso. Como só ia chover naquele dia, não nos apetecia estar a comprar um guarda-chuva, por isso fomos visitar as Galerias Lafayette. Estas destacam-se não só pelas lojas que têm, mas principalmente pela arquitetura e pelo miradouro incrível - e gratuito - que têm em cima. Uma coisa que achei curiosa foi ver algumas lojas que só deixavam entrar algumas pessoas de cada vez e que tinham filas tão grandes como alguns museus. Passámos um bocado da tarde por lá, enquanto chovia na rua, e depois, já exaustos, fizemo-nos novamente à estrada para ir jantar.





La Maison Rose



O Sacré Coeur


A  vista dos degraus do Sacré Coeur




Interior das Galleries Lafayette


A vista do terraço das Galeries Lafayette

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