Nada me dá mais entusiasmo do que preparar uma viagem. Agora
que falta menos de um mês para ir a Paris, não penso noutra coisa. Para mim,
preparar bem uma viagem é essencial para que se tire o maior partido dela. E
quando digo preparar, digo que leio tudo e mais alguma coisa, faço listas e
pesquiso incansavelmente para ver se não me escapa nada. É óbvio que me vai
sempre escapar alguma coisa. Vivo nos arredores de Lisboa há três anos e não
posso dizer que conheço tudo da cidade, mas também não é esse o objetivo.
Paris é um destino que quero conhecer desde que me lembro.
Só que não queria visitar num fim-de-semana, só para picar ponto e ver os highlights. Esse não é o meu género de
viagem. Prefiro visitar menos destinos, mas conhecer melhor os que visito. Por
isso, aguardei até que chegasse a oportunidade de conhecer a cidade como quero.
No final deste mês vamos passar lá sete dias, sendo que dois estão reservados para ir a Versailles e à Disney.
Ao todo vamos ter cinco dias para explorar a cidade em si.
Não é fácil decidir o que fazer. Obviamente que não dá para tudo, não há tempo
nem dinheiro para isso. Por isso, as questões acumulam-se. Passear de barco no
Sena? Louvre ou Musée d'Orsay? Arco do Triunfo ou Tour Montparnasse? Por mais
guias que se leiam, parece que nenhum tem uma resposta definitiva - como é
óbvio - o que faz com que certas escolhas tenham de ser feitas.
Exterior do Café Janis
Numa primeira visita a Paris - como é o meu caso, não do
Paulo - penso que há clássicos que não se pode perder. Como subir à Torre
Eiffel. Sei que a maior parte das pessoas considera isto dispensável, mas eu
acho que é daquelas experiências cliché que fazem parte. Assim como ir ao
Louvre. Ainda considerámos não ir, por ser absolutamente enorme e impossível de
visitar em poucas horas. Mas é o maior museu do mundo, tem obras incríveis, e
quer se queira quer não, faz parte da experiência.
Conhecer uma cidade vai muito além dos monumentos e museus.
Passear pelas ruas, observar as pessoas e experimentar a comida dá-nos uma
perspetiva mais realista da cidade (sim, porque os parisienses não andam a
subir à Torre Eiffel dia sim dia não). A comida, para mim, é mesmo das questões
mais importantes, especialmente num destino como Paris, conhecido por isso. Não
consigo compreender as pessoas que visitam um país novo e passam a semana a
comer no McDonalds ou, pior, só vão a restaurantes de comida portuguesa. Isso
NÃO é viajar!
A par do roteiro das coisas que queremos ver, tenho estado a
anotar uma série de restaurantes/ cafés que me parecem valer a pena. Há alguns
sítios que quero mesmo experimentar, como os gelados do Berthillon, o chocolate quente da Angelina e os macarons do Pierre
Hermé. Já tenho uma lista infinita, que depois vamos encaixar com o
roteiro. Para os que não são tão meticulosos com a comida como eu, aconselho apenas
que façam uma mínima pesquisa antes de se sentarem num restaurante para comer.
Desta forma podem evitar muitas tourist
traps e rombos na carteira desnecessários.
Interior do Café Janis
Estando já totalmente no mood
Paris, foi com grande agrado que visitei o Café Janis com a minha amiga Ana do
blog Dezoito e Quarenta. Para quem
ainda não sabe - duvido que não tenham apanhado pelo menos uma foto no vosso feed de Instagram - o Café Janis tem uma
vibe parisiense muito autêntica, ou
não fossem os donos franceses. O casal inspirou-se nas viagens que fez e nos
anos que viveu em Paris para criar a decoração deste espaço. Isso é
particularmente notório na forma como estão dispostas as cadeiras e as mesinhas
no exterior, tal e qual como num café parisiense.
Fully Heart Breakfast
Infelizmente já não fomos a tempo de experimentar os famosos
croissants (assim temos desculpa para voltar), mas começámos por pedir o pain au chocolat. Uma boa entrada para o
que se seguiu. Experimentámos a Avo
Toast, o Fully Heart Breakfast
(halloumi grelhado, presunto de Parma, ovos mexidos, espinafre, tomates cereja
assados e cogumelos) e o Janis Special
Muffin (espinafre, pepino, molho Janis, ovo frito, emmental, agrião fresco,
picles, pancetta grelhada). Sim, saímos de lá a rebolar, mas ainda houve um
espacinho no final para o pão de banana com mascarpone de expresso - e ainda
bem.
Avo Toast
Gostei de tudo o que comi, com especial destaque para a
tosta de abacate, ultra fresca e bem guarnecida, e para o pão de banana com
mascarpone. O pão de banana foi sem dúvida o prato mais especial que comi no
Café Janis, absolutamente delicioso e diferente de tudo o que já provei. Para a
próxima ficou a vontade de provar, além dos croissants, as lulas fritas com
molho tártaro caseiro e ervas frescas e um dos cocktails (tem Zomato Gold de
bebidas, yay!).
Gosto tanto de ver Lisboa renovada, mais bonita e com novos
sítios para experimentar. Sei que uma das consequências de Lisboa estar na moda
é a inflação desmesurada dos preços das casas, mas prefiro olhar para o lado
positivo. E a verdade é que a nossa capital está a acontecer, tem sempre algo
novo para nos surpreender, mais um restaurante para pôr na wishlist até que surja a oportunidade de fazer uma visita.
Banana bread com mascarpone de expresso
O problema de haver tantos e tão bons restaurantes, é que o
dinheiro não estica e não dá para tudo. Por isso é que sou fã da Zomato Gold.
Com este serviço não se paga o segundo prato. Consoante o plano escolhido, de 3,
6 ou 12 meses, dá direito a X visitas (2, 4 e 8, respetivamente) em cada
restaurante parceiro. A mais recente novidade é o Gold Bebidas, que oferece 2
bebidas na compra de 2 (isto é perigoso para mim). Este serviço 2 por 1 permite
ir mais vezes aos nossos restaurantes preferidos sem pesar tanto na carteira. Melhor
do que isso? Tenho um código de desconto para vos dar. Ao inserirem o código INESDE
ficam automaticamente com 25% desconto na subscrição. Quem é amiga?
Já agora, gostava muito de saber as vossas dicas sobre
Paris. O que gostaram mais, o que acham absolutamente obrigatório de visitar e
o que não vos surpreendeu assim tanto. Posso contar com vocês?
2 Comentários
Versailles é absolutamente imperdível. Talvez a melhor coisa que fiz nos 15 dias em Paris.
ResponderEliminarA viagem no Sena e a subida ao Arc de Triomphe são ótimas opções, principalmente a segunda porque fica muito perto dos champs elysees que, mesmo que não se vá fazer compras, vale a pena pelas luzes, cheiros, movimento e multiculturalidade.
Outra coisa menos improvável, e para quem gosta de se perder nas cidades, é conhecer a zona da Sorbonne e conhecer o jardin du luxembourg e o jardin des tuileries. Montmartre é um lugar a não perder e ambos os museus referidos valem a pena. Um conselho: decidir muito bem o que se quer ver no Louvre para não se perder tanto tempo.
Espero que ajude!
Obrigada pelas tuas dicas! Acho que vamos mesmo fazer a viagem pelo Sena (desde que vi no Before Sunset que entrou para a bucket list). Os jardins já estavam no roteiro também. E sim, ir ao Louvre não pode ser à toa, a menos que queiramos passar lá a semana toda :P Ajudaste, sim! Um beijinho
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