Este fim-de-semana o Ofensivo levou-nos a Évora, a 'capital do Alentejo'. Além de se comer bem por lá, afinal, estamos no Alentejo, também se dá uns bons passeios. É uma das cidades portuguesas mais ricas em monumentos e devido ao estado de conservação do seu centro histórico foi declarada Património Mundial pela UNESCO. Por isso estava entusiasmada para voltar lá e rever (bons) clichés como o Templo de Diana.
E cá está! Um clássico é um clássico. Apesar de o meu namorado me garantir que este templo não tem tanto impacto quando comparado com os que se vê em Florença, por exemplo, não pude deixar de ficar impressionada quando o voltei a ver. Acho que a última vez que tinha ido a Évora, sem ser de passagem, foi quando ainda andava na escola primária. Portanto foi quase como se o visse pela primeira vez.
Évora Hotel
Durante a nossa curta estadia pela cidade-museu, ficámos hospedados no Évora Hotel. É um hotel estilo resort, muito amplo e com boas piscinas, que já conta 25 anos.
Mas infelizmente não deixam entrar na piscina sem touca. Por isso tive de me contentar com o jaccuzzi, o que já não é mau. Mesmo assim fiquei aborrecida a olhar para a piscina. Apetecia-me mesmo dar umas braçadas, ainda por cima porque esteve sem ninguém durante a maior parte da tarde (e o jaccuzzi também, yay!). Fica a dica para quem for para lá.
De resto, não houve percalços de nenhuma espécie. Quarto super espaçoso, com varanda e sofá. Pequeno-almoço muito completo. E desta vez fiquei-me pelo pãozinho de cereais com queijo fresco, café e fruta (linda menina).
Fiquei com vontade de regressar. Mas desta vez com touca, convém!
Café Alentejo
A primeira refeição em Évora foi no Café Alentejo, o que significa que começou logo bem. Um óptimo queijinho amanteigado para entrada, com o clássico pão alentejano e as famosas empadas de galinha. O espaço é muito giro, cheio de detalhes e com um ambiente cosy e romântico, devido à média-luz e aos tons quentes da sala.
Para prato principal, ambos optámos pelo folhado de porco preto, uma maneira diferente de servir a inevitável iguaria alentejana. Estava delicioso (sabe melhor do que aparenta), mas é um daqueles pratos fortes, que nos deixa sem fome até à noite. Para sobremesa já só conseguimos dividir um leite creme, que estava no ponto.
Momentos
Quem vê o Momentos de fora não dá muito por ele. Parece mais um cantinho destinado a turistas, que procuram espaços (pseudo) tradicionais. Mas não. O Momentos é um restaurante que não esperava ver em Évora. À entrada, o aviso é logo feito "Life is too short to eat chips everyday. We serve our food with vegetables". Ora para mim, que ando numa luta vitalícia com os hidratos de carbono, foi logo um bom presságio. Mas não estava à espera de tanto. Isso confesso que não.
Para começar, fomos logo bem recebidos pelo dono do restaurante que, sem dúvida, é a alma da casa. Simpático, alegre e falador, vê-se que trabalha com gosto e que tem brio no que faz. Apresenta a carta à mesa e uma pessoa fica sem saber o que escolher (e com vontade de dizer 'quero tudo' ou 'escolha o senhor'). Acabámos por pedir para entrada a tempura de beringela e os cogumelos shiitake. Para beber, vinho a copo escolhido por ele. E uma óptima escolha, ou não fosse o vinho especialidade alentejana.
A tempura de beringela vem acompanhada por algo improvável, queijo amanteigado. Sim, mais queijo amanteigado, I know. Onde já vai a dieta, senhores! E que combinação dos deuses. Realmente, eu não devo perceber nada disto, porque nunca me teria lembrado de fazer tais misturas. Mas a estrela das entradas aqui (do que provei) são mesmo os cogumelos shiitake. Não sei como foram cozinhados nem temperados, mas o sabor estava qualquer coisa. É daqueles pratos que se come lentamente, para tentar subtrair dele todos os sabores, perceber que memórias evocam. Não fiquei muito esclarecida, mas fiquei bastante deliciada, isso é certo.
Para prato principal optei pelo tamboril com bacon, para ver se tornava a refeição mais leve (dado os abusos já cometidos). O meu namorado optou pelos clássicos medalhões de porco preto. Mas o que se destacou nos pratos foram mesmo os acompanhamentos. Legumes deliciosos confeccionados de formas diferentes, ora grelhados ora em puré, cada garfada uma surpresa para o paladar. O dono explicou-nos que trabalha com nove produtores locais e que todos os ingredientes são de alta qualidade, daí os pratos serem sempre diferentes, consoante o que está disponível ao longo do ano.
Fiquei maravilhada e estava mesmo com muita vontade de provar as sobremesas, para ver se eram tão boas como o resto. Mas já não havia espaço para tal e de certeza que já nem iria aproveitar como deve ser. Por isso ficou a promessa de voltar, o que irá certamente acontecer quando regressarmos a Évora.
Passeio
Tivemos muito azar com o tempo, por isso não pudemos passear tanto quanto gostaríamos. Mas deu para ver o básico. Percorrer as ruas, passar pela Praça Giraldo, tirar umas fotos ao Templo de Diana e apanhar sol no Jardim Público.
Praça Giraldo
Jardim Público
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