De vez em quando vem uma série que nos deslumbra, faz-nos aguardar com ansiedade o episódio seguinte e põe-nos a sentir com as personagens. É raro, mas acontece. Esta é uma delas. Começou em Outubro do ano passado com uma simples premissa:
The Affair explora os efeitos emocionais de uma relação extra-conjugal entre Noah Solloway e Alison Bailey depois de se conhecerem na vila costeira de Montauk em Long Island. Noah é um professor em Nova Iorque e ex-aluno da Williams College que conseguiu publicar um romance e está a ter dificuldades a escrever o segundo. Tem um casamento feliz e quatro filhos, mas ressente o facto de estar dependente do dinheiro do seu sogro rico. Alison é uma jovem empregada de mesa que está a tentar juntar os cacos da sua vida e do seu casamento após a morte do seu filho. A história do caso é contada separadamente e as memórias mudam consoante as perspetivas.
Sim, fui buscar isto à Wikipédia. A primeira temporada debruça-se sobre o caso do Noah e da Alison e os episódios dividem-se a meio, com a perspectiva de cada um. Só isso já é muito diferente do que estamos habituados a ver, mas o facto da história ser tão rica e bem interpretada é o que a faz valer a pena. Ou não tivesse sido nomeada para três Globos de Ouro e vencido dois (Melhor Actriz Numa Série Dramática e Melhor Série Dramática).
Na 2.ª temporada, como é suposto acontecer em qualquer boa história, a trama adensa-se. Passamos a conhecer melhor a história de cada personagem. Em vez de alternar entre apenas a perspectiva do Noah e da Alison, alterna entre a dos vários personagens principais. E o enredo torna-se ainda mais emocionante, com twists fabulosos. É tão inesperada como Game of Thrones, mas sem as mortes, basicamente. Estou completamente viciada e no ponto em que fico entusiasmada quando chega o dia de sair um episódio, o que já não me acontecia há muito tempo.
Também comecei agora a ver Fargo e para já parece-me muito bem. Alguém vê?
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